16 de junho de 2012

Espirito Santo ,vem interceder por mim...

Olá bem o post de hoje é pra tratar de um assunto que não posso evitar, de uma realidade que está batendo à minha porta, e ninguém melhor que Ele, o Espirito Santo pra interceder por mim,por nós..




Nos pacientes com mielomeningocele existem dois tipos de cifose: paralítica por insuficiência muscular e as congênitas5. A cifose nos portadores de mielomeningocele tem incidência que varia entre 16 a 46%7, e a forma congênita corresponde a 13,9%8. A cifose congênita é causada por uma falha de formação ou de segmentação de pelo menos uma vértebra, sendo mais frequente a falha de formação da porção anterior do corpo vertebral9,10. São deformidades de raio curto, com ápice geralmente entre T12 e L1 e se estende até a articulação L5-S1. Tal deformidade está presente desde o nascimento e tende a progredir mesmo após a maturidade esquelética1, com progressão anual média de 8,3°11. A progressão da deformidade representa agravamento das condições respiratórias, nutricionais, psicológicas, urinárias e de pele.
A cifose na mielomeningocele é mantida e agravada pelo deslocamento anterior da musculatura espinhal extensora que passa a atuar como flexora da coluna lombar12 e, além disso, o músculo psoas hipertrofiado e a inserção do pilar do diafragma na vértebra apical também provocam flexão da coluna lombar13. Nessas crianças, o ligamento longitudinal anterior está encurtado e a porção anterior do ânulo fibroso tensa, com o núcleo pulposo deslocado para trás1. A pelve está rodada para frente12.
A deformidade altera o centro de gravidade do tronco, as crianças com cifose congênita costumam se sentar com idade mais avançada, em comparação a crianças normais, e o peso do corpo na posição sentada pode contribuir para a progressão da cifose1. Junto à cifose há uma lordose compensatória prolongando-se às vértebras torácicas que alguns autores acreditam estar presente desde o nascimento14. Outros autores a descrevem como uma deformidade compensatória progressiva a partir do momento em que a criança começa a sentar1,12. O desequilíbrio anterior do tronco pela flexão contínua do tronco obriga a utilização das mãos para apoio e manutenção da posição sentada.




A cifose do Pedro é exatamente assim,embora o artigo diga que há um retardo pra ficar sentado,ele conseguiu sentar com 6 meses...

Foi realizado estudo retrospectivo em 19 pacientes portadores de mielomeningocele e cifose congênita submetidos ao tratamento cirúrgico com VEPTR, entre Outubro de 2005 e Outubro de 2008. Todos os casos foram operados pelo Grupo de Escoliose da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) em São Paulo. O tratamento com VEPTR foi indicado para crianças com potencial de crescimento e/ou baixo peso para uma cirurgia de vertebrectomia e artrodese. Todos os procedimentos foram realizados em ambiente hospitalar com anestesia geral e em decúbito ventral. Na montagem do sistema, o pós-operatório foi realizado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com fisioterapia respiratória. Os alongamentos não necessitaram de cuidados pós-operatórios em UTI. As crianças apresentavam exames laboratoriais sanguíneos normais (hemograma e coagulograma) e urocultura negativa na internação. Em todos os casos de montagem e alongamento realizou-se profilaxia antibiótica, de acordo com o padrão estabelecido pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Todos apresentavam também teste de alergia ao látex.
As montagens foram feitas com duas hastes paramedianas (direita e esquerda), fixadas na costela e na pelve, por quatro incisões longitudinais: duas distais (paravertebral próximo ao ápice da crista ilíaca) e duas proximais (paraescapular na altura da costela em que se realizaria a colocação dos ganchos). A montagem da porção distal do VEPTR necessitou descolamento da apófise da crista ilíaca para introdução do gancho no ilíaco e, da porção proximal, descolamento das partes moles, com preservação do periósteo da costela escolhida. As duas hastes ficaram paralelas entre si e perpendiculares ao solo para evitar o desequilíbrio lateral durante o crescimento e/ou alongamentos. A colocação do implante no plano submuscular e o fechamento por planos, buscando a maior cobertura com tecido mole, objetiva evitar saliência do implante ou ulcerações da pele. O uso de dreno de sucção não foi necessário em nenhum caso (Figuras 3, 4 e 5).














CONCLUSÃO
A utilização do VEPTR nos pacientes portadores de mielomeningocele torácica com cifose congênita permite correção da cifose e do equilíbrio sagital em idade mais precoce, com manutenção dessa correção ao longo do seguimento, permitindo com isso desenvolvimento das habilidades manuais pela liberação dos membros superiores ao sentar, ganho de peso pelo aumento do volume abdominal e desaparecimento das úlceras de pressão.
O seguimento dos casos permitirá uma comparação com as técnicas tradicionais, mas parece tratar-se de uma técnica bastante promissora para tratamento mais precoce dessa deformidade extremamente limitante no desenvolvimento das crianças com mielomeningocele.


Ficou um pouco grande né o post,mais como tudo isso realmente acontece, quis deixar claro como funciona...É dificil qualquer explicação de pq eu? porque ele? estou tentando deixar de lado os"porques"...e perguntando pra que? um motivo ,uma razão há de existir...

2 comentários:

  1. VAI DAR TUDO CERTO! Vai ser para o bem!
    Força, Pedrão! Já estou orando por você :)

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  2. Força e muito otimismo! Estamos juntos em oração,em amor,na perseverança,e certamente acreditar em novos recursos e te- los como apoio geram em nós esperanças. Vamos pensar positivo!
    Bj Pri Dias.

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